Prédio no Bangladesh desaba e revela o trabalho têxtil escravizado no continente

Uma tragédia abalou o país Bangladesh com o desmoronamento de um prédio, mais de 700 corpos foram encontrados, devido às péssimas condições do prédio a estrutura não resistiu ao peso e à vibração de centenas de máquinas de costura. O prédio abrigava um complexo têxtil, o que fazia com que empresas de todo o mundo se dirigissem para lá, atraídos pelos baixos preços, inclusive têxteis da nossa região importam suas coleções inteiras de lá. 

O Bangladesh desenvolveu a indústria têxtil para desafiar a concorrência dos vizinhos e não para dar melhores condições aos trabalhadores e população em geral. Os salários rondam os 30 euros por mês e os três milhões de operários, na maioria mulheres, trabalham em fábricas a que chamam “ateliês da miséria”. Foi assim que o Bangladesh se tornou em segundo exportador mundial da indústria têxtil, a seguir à China: com trabalho escravo.

Contudo não somente no país sul asiático registra estas explorações. No Brasil fiscalizações resultam cada vez mais em resgates de trabalhadores em condições sub-humanas de trabalho. Escravidão em oficinas de costura que produziam roupas vendidas por grandes têxteis. Nos dois casos abordados há péssimas condições de trabalho, jornadas acima do permitido e baixos salários.

Principalmente localizadas no estado de São Paulo, essas oficinas de costura escravizam, muitas vezes, trabalhadores de países vizinhos como, bolivianos e os próprios brasileiros provenientes de outras regiões do país.

Em nossa região, uma das alegações dos patrões para não negociar melhores condições de trabalho, é o produto asiático, que para eles é mais vantajoso. Aí está o resultado, muitos trabalhadores tem que se submeter à condição de escravidão para manter altos lucros dos patrões. Trabalhador fique atento às nossas ações, temos que mostrar à eles que o poder está nas nossas mãos, juntos somos mais fortes.