Trabalhadores da Teka na luta pelos seus direitos

 Para reestruturar a empresa e buscar cada vez mais lucros, a direção da Teka se atolou até os últimos fios de dívidas. No ano passado foram mais de 200 demissões e até agora os trabalhadores não receberam nada. Quem continua trabalhando tanto na fábrica de Blumenau, como em Indaial está há 2 meses sem salário. A direção da empresa pouco se importa com a situação que deixaram os trabalhadores.

Para acabar com tanto desrespeito é preciso lutar, ainda mais contra aqueles que estão passeando e usufruindo do dinheiro do trabalhador, dando um dos maiores calotes nos trabalhadores.
A venda da Teka por 69 milhões de reais, reservaria apenas 8 milhões para os pagamentos dos funcionários ativos. Este valor seria dividido em 4 parcelas de 2 milhões e ratiado entre os funcionários da sede Blumenau e as filiais Indaial e Arthur No
 
gueira. O dinheiro seria insuficiente para cobrir as dívidas da empresa com os trabalhadores, diante deste cenário o Ministério Público, irá recorrer da decisão da venda. Segundo o MP o mínimo para as despesas dos funcionários seria 18 milhões.
 
 
Assembleia no Sintrafite
 
No dia 21 de maio foi realizada assembleia com os trabalhadores da Teka. A reunião aconteceu simultaneamente em Blumenau e Indaial às 14h. Os trabalhadores compareceram em massa, pois estão cansados das mentiras que a empresa prega. 
A Teka tenta aprovar a venda do parque fabril por um valor abaixo da cogitação de mercado, que gira em torno de 80 milhões, e se articular mostrando que o MP é o vilao da história, quando o certo é o contrário. Não bastasse isso, a empresa retirou do processo de recuperação judicial o FGTS dos trabalhadores, ou seja, fora das cláusulas ela poderia (enrolaria) pagar o trabalhador em até 30 anos. Ficaria em segundo plano essa dívida trabalhista. 
Trabalhador essa é a hora de união com o sindicato. Foi definido na assembleia: Paralisação das atividades, caso não recebam pagamento até final de maio.
 
 
Rápidas
 
Nos meses de junho e julho deverá ser realizada a assembleia de recuperação judicial da empresa, no Ginásio do Galegão, em Blumenau, data a confirmar.
 
Teka – Por mês a empresa tem aproximadamente 30 milhões de pedidos, ou seja, a má administração levou a empresa a esta situação. Muitas empresas da região não chegam a metade destes números da Teka.
 
Sobre a falência – Se na recuperação judicial os trabalhadores entrarem com pedido de falência, este poderá ser aceito, devido os trabalhadores serem a 1ª parte dos credores a receber, e ter principal importância na decisão do futuro da empresa. A falência somente será decretada na votação na assembleia, pela maioria de votos.
 
Rescisão Indireta – Este tipo de desligamento da empresa funciona da seguinte forma; É  um meio de Justa Causa da empresa. No caso, devido a falta de pagamento, o trabalhador poderia pedir a rescisão indireta alegando a justa causa da empresa, a falta de pagamento. Funcionaria como se a própria empresa tivesse mandado embora o funcionário. Assim o trabalhador não perde nenhum direito. Caso a empresa não aceite ou não queira dar baixa na carteira, não haverá problema, pois não é necessário ter baixa para iniciar em outro local de trabalho. Trabalhador você não perde nenhum direito, isto porque, a empresa atrasou o pagamento em mais de 30 dias.