Lideranças do sindicato patronal, diretoria do Sintrafite e comissão dos trabalhadores reuniram-se nesta terça-feira, dia 09, no Grande Hotel Blumenau, para a primeira rodada de negociação da campanha salarial e social dos trabalhadores têxteis.
Iniciamos a negociação já com a luz de alerta acesa, visto que a proposta patronal, apresentada na 1ª rodada de negociação, significa um descaso ao esforço e ao merecido reajuste salarial dos trabalhadores. Confira:
Piso salarial: R$959,20 iniciais e R$1042,80 após efetivação
Reajuste Salarial: de 6,35% (número do índice do INPC, sem um mísero aumento real)
Auxílio Creche: R$181,00 com comprovação e R$128,00 sem comprovação.
As demais cláusulas sociais, não entraram na pauta deles.
Os dirigentes patronais reclamaram do “pibinho” de apenas 1%, porém não tiveram a capacidade de propor nenhum reajuste real. Não vamos aceitar que as reivindicações da categoria sejam tratadas com descaso pela bancada patronal. TODAS as demais categorias tiveram um aumento real, e não seremos nós os únicos a aceitar a choradeira do patronal.
Os representantes patronais não nos surpreenderam com o velho chororô, propondo um lamentável reajuste salarial, somente com os valores da inflação de 6,35%. Com isso, estamos em alerta diante da pronta negativa, de que na próxima rodada, recebamos uma proposta condizente e justa, frente à produtividade do setor.
O Sintrafite apresentou as reivindicações da categoria:
Piso salarial de R$1.400,00
Reajuste Salarial = 12% (aumento real + INPC)
Auxílio Creche de R$250,00 com comprovação / R$200,00 sem comp.
Licença maternidade de 6 meses
Gratuidade do vale transporte
Redução da jornada de trabalho, sem a redução de salário (Sábado/Domingo Livre)
Multa no atraso do pagamento de salário (1% ao dia de atraso sobre o valor do salário do trabalhador)
Economia:
Dados recentes elaborados pela FURB indicam que a inflação acumulada nos últimos meses na cidade foi de 6,43%. Outro número impactante na vida do trabalhador é o aumento da cesta básica, 15,45%, alta acumulada nos últimos 12 meses, itens como feijão preto, farinha de trigo, manteiga e café moído subiram. Além disso, o reajuste na conta de energia arrocha ainda mais o salário do trabalhador. Não é possível o trabalhador arcar com toda essa variação sem que seja atribuído um reajuste digno da categoria.
Na reunião foi marcada uma possível rodada para semana que vem.