Intoxicação generalizada em têxtil de Blumenau

Na última quarta-feira, dia 4, mais de 400 trabalhadores ficaram debilitados enquanto trabalhavam na empresa, uma correria para ser atendido no ambulatório da empresa. Não bastasse a enfermidade dos trabalhadores, o atendimento médico da empresa deu pouca atenção a gravidade do problema. Medicava os trabalhadores, e solicitava que voltassem imediatamente aos postos de trabalho, visto que a empresa não podia parar a produção. Ou seja, para a empresa, primeiro o LUCRO, depois a saúde do trabalhador.

Várias pessoas pelos corredores se abanavam, sentadas e até mesmo vomitando. Na quinta, o problema se agravou,  a Vilância Sanitária e Epidemiológica foram acionadas, chegando a fechar o refeitório e cortando a agua dos bebedouros. Novamente, eram filas na frente do ambulatório.  A Karsten é a única responsável por essa contaminação geral. Segundo os relatos dos trabalhadores, foi uma infecção geral, muitos trabalhadores sentiram tontura e chegaram a vomitar. Ainda não há indícios do que possa ter contaminado, contudo diante das posições de fechar o refeitório e agua, levantam-se suspeitas.

 Foram contaminados trabalhadores de todos os turnos da Karsten, o que dá a entender que foi uma negligência gravíssima da empresa, expor os funcionários a um risco desses. Sendo mais de 400 trabalhadores confirmados até o momento. E o pior foram os médicos da empresa atestando trabalhadores com 38º de febre e mandando voltar ao trabalho, pessoas nos banheiros vomitando frequentemente e tinham que voltar a produção. Uma falta de responsabilidade e compromisso com a saúde do trabalhador.

Receitavam o medicamento, mas não bancaram.

As recomendações médicas da empresa não estavam corretas,  e fizeram o trabalhador gastar, pois não bancaram nenhum remédio. Os trabalhadores exigem a indenização das despesas com os tratamentos que tiveram com medicamentos e despesas médicas. Os pagamentos dos gastos médicos são de responsabilidade do empregador.

    O Sindicato assim que recebeu a denúncia, vem acompanhando o caso, e em contato direto com a vigilância sanitária, epidemiológica, Vigilância Ambiental em Saúde relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA), Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST). Assim que tivermos a confirmação do resultado do causador da contaminação, vamos tomar as medidas cabíveis.