Marilua: Juiz determina o lacramento da empresa

Após dias em frente à empresa, juiz Dr. Sergio Agenor de Aragão, da 5ª Vara Cível decreta a lacração da empresa, a fim de preservar todos os bens para possível leilão de forma a pagar os créditos trabalhistas em aberto. Os bens arrecadados ficarão sob responsabilidade do administrador judicial.  

Parece, ao Sindicato, que havia uma má intenção por parte dos sócios, foram cópias de todas as chaves da empresa, troca de número de celular e endereço residencial, sem que fossem avisados como de costume. Houve uma preocupação geral por parte dos trabalhadores, e assim aos finais de semana, passaram a organizar uma ronda, diante da possibilidade de um desaparecimento de qualquer bem da empresa. 

Dia 12 de junho, quase todos foram avisados das férias e o pagamento somente do terço constitucional sob a alegação de que a recessão era uma das responsáveis pela fraca produção e, portanto a necessidade das férias. Intranquilos, foram para as férias, mantendo, no entanto a organização das rondas entre os trabalhadores. 

Infelizmente as preocupações haviam se tornado realidade. Não foi surpresa a eles, quando numa dessas idas ao sábado perceberam luzes acesas no interior da fábrica. Pelo menos cinco teares haviam sido levados embora sem que soubessem seu paradeiro. A partir do fato os trabalhadores passaram a fazer uma vigília onde permaneceram até que o juiz lacrasse a empresa. 

Além das verbas, existe, (até onde obtivemos informações) inadimplemento do FGTS mesmo antes do deferimento da recuperação judicial.  A empresa ajuizou pedido de Recuperação Judicial em 03 de julho de 2012. Passados mais de dois anos, a empresa concedeu férias a todos os trabalhadores, em torno de trinta e oito.  Os trabalhadores cujos contratos foram rescindidos, todos sem exceção têm que judicializar procedimento para buscarem seus direitos junto a Justiça do Trabalho local. Até o momento, trinta e dois são os processos em trâmite nesta especializada justiça.

O Sindicato estará sempre à disposição dos trabalhadores para conversar e informar e tirar duvida de qualquer novidade no processo.