Trabalhadores definem pauta de reivindicação

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem (Sintrafite) realizou a assembleia geral com a categoria para a Campanha Salarial 2015/2016. A assembleia foi realizada no último fim de semana, dia 25 de julho, na sede do sindicato, em Blumenau.

Durante a assembleia, a categoria fez apontamentos sobre a situação econômica, além da observar a apresentação de slides do Sindicato, onde apontam os lucros das grandes empresas da região e o número de vagas abertas no ramo têxtil, contradizendo as ultimas falas dos patrões.

As propostas aprovadas para o início das negociações da Campanha Salarial estão no rol que será enviada ao sindicato patronal. Nela estão as reivindicações dos trabalhadores como piso inicial de R$ 1.400,00, reajuste salarial – a ser definido com o fechamento do INPC mais 3,5% de aumento real (estimativa, segundo análise do Dieese, é fechamento de 9,64%), auxílio creche de R$ 250,00 com comprovação e R$ 200,00 sem, adicional noturno de 30%, redução da jornada de trabalho para 40h, entre outras clausulas. A data-base dos têxteis é dia 1º de setembro.

Após as assembleias de Gaspar, Indaial e Blumenau, o rol está aprovado e em seguida será enviado ao sindicato patronal para agendamento das primeiras rodadas de negociação. Com relação a campanha salarial os indicadores de emprego do setor em Santa Catarina ainda são positivos, assim como os resultados das principais companhias.

Geração de Empregos em Santa Catarina

O Caged/MTE registrou a criação de quase 15 mil novos postos de trabalho na indústria no Estado até abril neste ano, sendo, aproximadamente, 5 mil no setor têxtil e do vestuário. A PNADC/IBGE, revelou uma taxa de desocupação de apenas 3,9% no primeiro trimestre deste ano para o Estado, a menor do país, ainda que tenha crescido 0,8 p.p. com relação ao primeiro trimestre de 2014 (3,1%).

Situação das grandes empresas têxteis

·         A Coteminas teve crescimento nas vendas, alcançando R$ 3 bi (em termo líquido R$ 2,5 bi). As vendas no varejo cresceram 16%, em lojas próprias e franqueadas.

·         Em 2014, a Hering teve estabilidade nas vendas e lucro. O lucro líquido da Companhia foi de R$ 318,9 mi, uma alta de 0,2% com relação a 2013. No primeiro trimestre deste ano, com relação ao mesmo período do ano passado, apesar de a Cia Hering registrar lucro, os resultados tiveram queda.

·         A Cremer teve, em 2014, um "ano de resultados recordes". A receita líquida teve crescimento de 15,9% alcançando R$ 662,5 mi. Os indicadores no primeiro trimestre de 2015 revelam resultados ainda melhores, na comparação com o mesmo período de 2014. A receita líquida foi de R$ 199,9 mi (+37,7%).