Chega ao fim uma espera de 16 anos. Finalmente os bens da Sulfabril foram arrematados por um grupo de investidores. Somente entre 2014 e 2015 foram 10 leilões, para que finalmente, no dia 1º de setembro o lote que englobava os bens remanescentes como terrenos, máquinas, veículos, parque fabril fossem vendidos por R$34,6 milhões. O valor representa apenas 26% do valor da avaliação. Em sequencia foi arrematado a associação desportiva, entre outros imóveis, somando em mais R$6 milhões.
Como não tinha conseguido o lance mínimo de 50% da avaliação de R$ 131,78 milhões, o leilão foi suspenso para que o Judiciário fosse consultado. Após uma reunião com o Ministério Público e síndico da massa falida, a venda foi autorizada, contudo o pagamento será feito em 72 parcelas, sendo a primeira encaminhada dentro de três dias.
O processo de falência da empresa se arrasta desde 1999 e quem arca com o prejuízo são os trabalhadores. Cerca de 50 milhões se referem a débitos trabalhistas, com milhares de trabalhadores que ainda aguardam as indenizações. Em juízo a Sulfabril tem um crédito a receber de R$17 milhões (crédito judicial com a Eletrobrás), somados, os valores ultrapassam o valor referente ao débito com os trabalhadores.
A juíza Dr. Quitéria Tamanini Vieira Péres confirmou que os valores serão utilizados para quitar o saldo trabalhista, assim que o quadro de credores for atualizado. O Sindicato está acompanhando todo o caso. Seguiremos atentos para garantir os direitos dos trabalhadores.
