Logo após a realização da mobilização na porta da fábrica e convocação para a assembleia, Karsten sente a força do trabalhador e recua. A empresa tinha emitido comunicado pressionando o trabalhador e avisando que não negociaria o 1º de janeiro, historicamente do trabalhador, dia de descanso para a categoria.
A insatisfação da categoria deu início a uma série de mobilizações, o Sindicato foi para frente da fábrica e convocou a assembleia com os três turnos da fábrica. A categoria era unânime: – Queremos o dia 1º, como sempre foram concedidos todos os anos pela empresa.
Durante décadas o dia 1º não era contabilizado como férias coletivas, ou seja, era um dia que ficava em lazer com sua família. Situação parecida com o 25 de dezembro, este não é contabilizado como férias, conforme negociação entre sindicato laboral e patronal, assegurado por nossa convenção coletiva.
A Karsten queria retirar o dia 1º depois de décadas, o sindicato e categoria entendem que isso foi um direito adquirido. E nas últimas semanas já tínhamos enviado ofícios comunicando a situação, a empresa naquele momento se mostrava irredutível e contrária à negociação.
O resultado não foi diferente, mostramos ao patrão que a força está na união, eles recuaram e aceitaram o direito que a muito já era do trabalhador. O dia 1º de janeiro será de descanso para os trabalhadores. E essa foi apenas uma das batalhas, teremos muitas ainda pela frente, mas fica de aviso aos patrões que se acham intocáveis.
A força está com o trabalhador! E nós como instrumento de luta e defesa dos têxteis estaremos juntos, por mais direitos e condições de trabalho.
Acompanhe um exemplo de férias:
10 dias de férias, destes 2 dias não serão contabilizados (no caso o dia 25 e 1º), assim o trabalhador teria 12 dias de férias, sobrando ainda mais 20 dias para utilizar no decorrer do ano.