Serão tomadas medidas impopulares ‘em determinado momento’

Em um evento em São Paulo, o presidente interino Michel Temer agradeceu o apoio de empresários e apontou para medidas impopulares “em determinado momento”. Uma destas é a proposição a limitação dos investimentos púbicos em educação e saúde e o apoio a mudanças legislativas na CLT (como a autorização da terceirização de todas as atividades de uma empresa e da negociado sobre o legislado, acordos com patrões ficar acima da lei, mesmo em prejuízo ao trabalhador).

Além disso, fazer uma reforma da Previdência Social, provavelmente fixando uma idade mínima de 65 a 70 anos – quando muito trabalhador talvez nem chegue a viver isso. Fica claro que estão articulando e tramando para depois da votação final do impeachment em agosto, talvez veremos a criação de novos impostos.

O momento do governo interino é de conquistar, na medida que for possível, o apoio dos parlamentares para a votação definitiva do processo de impedimento. Enquanto não sabe se ficará definitivamente no poder, distribuirá um pacote de bondades ao empresariado, como já vem fazendo, mas ao trabalhador restará o jargão que "a partir de certo momento começaremos com medidas impopulares".

Os empresários querem reformas na Previdência e leis trabalhistas, além da recriação da CPMF. Todas essas medidas impopulares serão o “acordo de cavalheiros” ao apoio cedido à Temer para a chegada até a Presidência. Cabe ressaltar que o governo anterior também proclamava o pacote de maldades, propondo o retorno a CPMF e a reforma na Previdência.

O que precisamos é uma reforma, mas nos gastos e privilégios dos congressistas. Fazer ajustes nas despesas públicas. Enquanto eles esbanjam e fecham os olhos a população, entre si, fazem pactos para tirar do bolso do trabalhador. Não podemos aceitar, mais uma vez, pagar o preço por irresponsáveis da gestão pública. Lembre-se, outubro está chegando.