Trabalhadores definem pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2016/2017

 O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem (Sintrafite) realizou as assembleias com a categoria para a Campanha Salarial 2016/2017, nos dias 02, para Gaspar e Indaial e 03 para Blumenau. As assembleias foram realizadas na sede e sub-sede do sindicato. Para este ano o Sindicato atendeu a uma solicitação dos trabalhadores passando as assembleias para os dias da semana, no intervalo dos horários de turno.

Durante a assembleia, o sindicato fez comentários sobre a conjuntura atual em relação aos trabalhadores, além disso, os trabalhadores pautaram novas cláusulas durante as assembleias. As propostas aprovadas no rol que será enviada ao sindicato patronal, estão as reivindicações dos trabalhadores como:

– Piso de R$ 1.500,00;

– Reajuste Salarial – percentual do INPC +5% de aumento real (análise do INPC de 01/09/2016 a 31/08/2017);

– Auxílio creche de R$ 350,00 com comprovação e R$ 300,00 sem comprovante;

– Adicional noturno de 35%;

– Redução da jornada de trabalho, SEM REDUÇÃO DE SALÁRIO (sábado/domingo livre)

– Anuênio: As empresas concederão aos seus trabalhadores (as) um reajuste de 2% a cada ano completo de trabalho, sobre o salário que completou no referido ano de trabalho;

MULTA. ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIO. Estabelece multa de 10% sobre o salário, no caso de atraso no pagamento de salário até 10 dias, e de 5% por dia no período subsequente.

Realizada as assembleias de Gaspar, Indaial e Blumenau, o rol foi aprovado e será enviado ao sindicato patronal para agendamento das primeiras rodadas de negociação, a data-base dos têxteis é dia 1º de setembro.

Cabe ressaltar que os indicadores das principais empresas do setor em Santa Catarina são positivos, como vistos nos projetos de expansão e/ou entrevistas aos meios de comunicação, onde empresas como Altenburg, Karsten, Hering e Cremer costumeiramente mostram que a “crise” não os atingiu.

O trabalhador sabe disso e está preparado para enfrentar a choradeira dos patrões dizendo que há crise, que o país está em dificuldade. Porém a contradição aparece, quando no noticiário da região ou nos anuais dos empresários a Hering está entre as 50 maiores e a Cremer no 87º lugar. Difícil é explicar ao trabalhador a crise quando a Karsten prevê expansão de negócios ou a Altenburg vendo um crescimento de 10% ao ano.

Daqui para frente começa uma nova luta, nenhum direito veio de presente, pelo contrário, cada vez mais querem a retirada, e estão apoiados por um governo que quer a qualquer custa a reforma trabalhista e previdenciária, cortando do trabalhador uma conta que não é dele.

Tudo que a categoria conquistou até aqui como sábado livre, auxílio-creche, piso acima dos demais da região, entre outras cláusulas, foram fruto da luta. Portanto, vamos à luta por aumento salarial e ampliação de direitos.