No início deste ano, precisamente em março, o sindicato entrava com ação judicial exigindo cobrança dos direitos trabalhistas da Tapajós de Indaial. Naquele momento eram cobrados férias, 50% do 13º salário e o inadimplemento do FGTS. Posteriormente, nas audiências conciliadas junto a Vara do Trabalho de Indaial, foi suspensa a cobrança do 13º e férias, mediante compromisso da empresa em regularizar a situação.
Em agosto de 2016 a empresa informava que não conseguiria cumprir o acordo “mediante a situação financeira nacional” deixando assim, a obrigação de pagar a 2ª parcela do 13º salário, vencida em 19 de outubro.
Contudo, a empresa, além de não cumprir seus acordos, surpreendeu os trabalhadores com a demissão em massa de 90% dos seus empregados. Foram mais de 50 trabalhadores demitidos sem que houvesse pagamento das verbas rescisórias.
Aos demitidos, poucos tiveram seu encaminhamento ao FGTS providenciado, visto que a empresa não vinha cumprido com seu deveres mensalmente. São trabalhadores que agora tem contas a pagar, mas que não têm garantia nenhuma que terão suas verbas rescisórias cumpridas. Há de se destacar que foram demitidos trabalhadores que tinham 43, 17, 2 anos de empresa, e que nenhum deles, teve seus direitos respeitados.
Demissão sem verbas trabalhistas, salários em atraso, não cumprimento do acordo do 13º salário, são fatores suficientes para criar um clima de instabilidade entre trabalhadores demitidos e os ativos sobre o que o futuro resguarda. Como honrar os compromissos?
Água, energia, telefone, alimentos? Não houve qualquer aviso prévio!
Em tutela de urgência, a entidade requer o arrasto de bens da empresa, para garantir na justiça que os trabalhadores não saiam no prejuízo. Estimativa que a dívida chegue a um milhão de reais.
O pedido de arresto de bens possibilitaria o pagamento do processo coletivo que temos em razão do não pagamento do 13º salário de 2015, terço constitucional das férias coletivas e FGTS. E também em razão da despedida de 90% do quadro de empregados, sem negociar com o Sindicato e sem o pagamento das verbas rescisórias,foi tomada a medida.