Com medo da descrença popular na política, o Congresso passa a discutir mais uma forma de fazer o eleitor votar direcionado aos interesses deles. Circula pelos corredores do Congresso uma reforma que retira do eleitor o direito de escolher seu candidato a deputado. Os parlamentares querem implementar o voto em lista.
Praticamente uma votação indireta, pois seriam eles internamente a decidir quem ficaria encabeçando a lista, você eleitor teria o trabalho de apenas votar no partido. O partido organiza a relação, numerado de forma hierárquica. Pergunto a você, quem seriam os beneficiados? O candidato novo, sem recurso, concorrendo a primeira vez ao cargo ou o candidato já com recursos, com reconhecimento no partido e tentando a reeleição? Ter mais influência no partido será mais importante que prestígio popular.
Quem defende a ideia são os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, onde consideram “é o formato mais transparente, reduz gastos com campanhas eleitorais e obriga os partidos a se manterem fiéis à identidade dos seus programas”.
Isso vai ajudar a manter os “caciques” partidários, devido a sua influência dentro do partido. Fica claro com a ideia que a intenção é garantir as reeleições, tirando do eleitor o poder para escolher seu representante. Além disso, vai reduzir a diversidade no Legislativo, já que candidatos que representam minorias teriam menores chances de eleição.
A votação hoje:
Escolhemos senadores, deputados, vereadores através do voto aberto, direcionado ao candidato. Os votos vão para o partido/coligação que obtendo o maior número de votos, terá mais cadeiras.
Como seria numa lista fechada:
Antes das eleições, partidos/coligações definem os candidatos, em uma lista com ordem de prioridade. O eleitor teria de conhecer a lista e votaria no partido/coligação, sem que seu voto efetivamente fosse computado a seu candidato.