Oficializado pela Organização das Nações Unidas em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher hoje uma data de pedido de igualdade de gênero, no passado nasceu principalmente de uma raiz trabalhista.Foram as mulheres das fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa que começaram uma campanha para reivindicar seus direitos – as condições de trabalho delas eram muito piores do que as dos homens à época.
A origem da data escolhida para celebrar as mulheres tem algumas explicações históricas, como o incêndio ocorrido em 25 de março de 1911 na Companhia de Blusas Triangle, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (a maioria judeus). Naquele época as mulheres já lutavam por melhores condições de trabalho. As jornadas para elas poderiam chegar a 16h por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam também os domingos.
Uma greve de tecelãs, que ocorreu em Nova Iorque, em 1857, na qual 129 operárias morreram depois dos patrões terem incendiado a fábrica ocupada é até hoje citado como um dos motivos do dia internacional da mulher. Essas mortes foram abafadas e pouco comentado. Durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, em 1910, a dirigente do Partido Socialdemocrata Alemão, Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, 53 anos antes, teria proposto o oito de Março como data do Dia Internacional da Mulher. Ela volta a ser mencionada no jornal do Partido Comunista Francês, na véspera do oito de Março de 1955.
8 de Março é um dia de luta, dia para lembrarmos que ainda há muitos problemas a serem resolvidos, como os da violência contra a mulher, do feminicídio, do aborto, e da própria diferença salarial.
