Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes voltavam de uma atividade sobre a luta das mulheres negras, quando o carro foi cercado e mais de 10 disparos foram feitos. Marielle e Anderson morreram no local. Marielle era a vereadora, responsável pela relatoria da comissão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro que acompanhava a intervenção das ações da Polícia Militar e das Forças Federais nas favelas do Rio de Janeiro.
Há poucos dias denunciou as ações da intervenção do 41° Batalhão da PM na favela de Acari, a violência contra os moradores da comunidade, os assassinatos impunes. Marielle cresceu sentindo na pele a violência do Estado: moradora do Complexo da Maré, dedicou parte importante de sua militância denunciando a criminalização e a violência contra a população pobre trabalhadora.
O Estado executa ou é cumplice dos assassinatos dos lutadores de nossa classe. Os trabalhadores rurais que lutam contra o desmatamento florestal e pela terra seguem sendo assassinados em vária regiões do país, a violência se amplia contra as mobilizações dos trabalhadores e o assassinato de Marielle e Anderson mostra, mais uma vez, que o Capital e seu braço armado não tem poupado cassetetes e balas para tentar frear a luta de nossa classe. Mas não conseguirão.
A intervenção no Rio de Janeiro a cada dia escancara sua verdadeira face: ampliar a violência contra a juventude e os moradores da comunidade. Assassinatos, prisões arbitrárias e espancamentos continuam sendo o duro cotidiano dos trabalhadores.
Mais do que nossa solidariedade ativa aos companheiros e familiares de Marielle e Anderson, é no avanço da luta de nossa classe que esse crime não ficará impune. É no avanço da luta contra as ações do Capital e de seu Estado que enfrentaremos as outras formas de violência que nos retiram direitos, moradia, comida, dignidade.
Confira o vídeo da denúncia: https://www.youtube.com/watch?v=NSj86jYcWAw