Sem receber o salário referente ao mês de abril, que deveria ter sido pago até o dia 7, trabalhadores da Nobre Têxtil entraram em greve nesta quarta (9) por tempo indeterminado. Os trabalhadores já vinham recebendo com atrasos desde outubro de 2017.
“Os trabalhadores chegaram ao ponto final, desde ano passado a empresa vem atrasando pagamentos e não dando satisfações à categoria. Como fica as contas de casa? Água, energia, gasolina, cartão?”, pondera a presidente do Sintrafite, Vivian Kreutzfeld.
A empresa localizada em Gaspar está em recuperação judicial desde 09 de novembro de 2016 e desta forma deveria efetuar os pagamentos de salário em dia. Contudo a realidade dos trabalhadores tem sido os atrasos e parcelamento em até 4x dentro do mês.
” Isso é gerenciar uma empresa? Essa situação é uma falta de respeito com os profissionais e a família do trabalhador. Mais uma vez fatiaram o salário, no mês de abril em 4 parcelas, a desorganização é grande”, lamentou a presidente.
Segundo os funcionários, a empresa não tem comunicação, e pior, chegam a pressionar o trabalhador por mais produção, mesmo com salários e FGTS em atraso. E aos trabalhadores que questionam a situação, ainda têm que escutar do encarregado que para discutir salário tem que ir no RH, que ali é local de trabalhar.
Há mais de 4 anos os depósitos do FGTS também passaram a ser uma dor de cabeça aos trabalhadores da Nobre. Em agosto de 2017, o Sindicato conquistava uma importante decisão para que fosse cumprido o acordo de pagamento do FGTS dos trabalhadores da empresa Nobre. A decisão reconhecia o grupo econômico entre a Nobre Têxtil, Bela Vista Investimentos e Participações e Dicotone Têxtil.
O Sindicato está junto dos trabalhadores dando todo amparo e mobilizado para garantir que os direitos trabalhistas sejam respeitados.
