Demissão para perder direitos

 Desligamento por acordo entre empregados registra 109.183 demissões desde a implantação da reforma trabalhista em nov/17 até agora, (ago/18). Entre janeiro e agosto de 2018, o crescimento foi de 60% e os setores que concentraram esses desligamentos foram serviços (48%) e comércio (25%).



Homens (59%) com idade entre 30 e 48 anos (48%) são maioria. Vendedores, Auxiliares de Escritório, Assistentes Administrativos, Faxineiros e Vigilantes são pouco mais da metade das ocupações com mais acordos. Os Estados campeões dessas demissões estão no sudeste – 80% dos desligamentos, com SP respondendo por mais de 30%.


Esse tipo de acordo, criado pela Reforma Trabalhista, é individual, as homologações não passam pelo crivo dos sindicatos e os trabalhadores perdem: metade do aviso prévio, metade da multa do FGTS, o direito ao seguro desemprego e só podem movimentar 80% do FGTS. Estas restrições sugerem que os grandes beneficiário desses acordos são as empresas e, em menor escala, o governo, que retém recursos do FGTS e do seguro desemprego.


O trabalhador pode e deve ser orientado por seu sindicato para conferir a correção dos cálculos antes da homologação!