O salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido R$ 5.886,50 em outubro, de acordo com os cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
O valor do salário mínimo ideal, que corresponde a 5,35 vezes o piso nacional atual (R$ 1.100), foi calculado com base na cesta básica mais cara entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, que foi a de Florianópolis: R$ 700,69
Horas trabalhadas para comprar a cesta
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta aumentou para 118 horas e 45 minutos. Três horas e 43 minutos a mais do que no mês anterior. Quem ganha o salário mínimo gastou o equivalente a 58,35% de sua renda líquida para comprar os alimentos básicos – em setembro o percentual ficou em 56,53%.
O que subiu mais
A batata subiu de preço nas 10 capitais dos estados do Centro-Sul, onde a pesquisa é feita. O aumento variou de 15,51% (Brasília) a 33,78% (Florianópolis).
O quilo do café subiu em 16 capitais. A alta chegou a 10,14% em Vitória e a 10,06% no Rio de Janeiro.
O quilo do tomate subiu em 16 capitais, chegando a 40,16% em Brasília, 42,16% em Natal, 44,83% em João Pessoa e a 55,54% em Vitória.
O preço do açúcar aumentou em 15 capitais e o do óleo de soja, em 13, enquanto leite e manteiga subiram em 11 cidades. Já o preço do feijão diminuiu também em 11 capitais.