Mais de 70% das vagas de trabalho perdidas em 2020 eram ocupadas por mulheres

Mais de 70% das vagas de trabalho perdidas em 2020 eram ocupadas por mulheres

Em 2020, as empresas brasileiras demitiram 825,3 mil trabalhadores  formais. Deste total 593,6 mil postos de trabalho eram ocupados por mulheres. Ou seja, dos postos fechados, 71,9% eram ocupados por trabalhadoras, muitas delas mães solo, chefes de família.. Entre 2019 e 2020, o número de trabalhadoras ocupadas caiu 2,9%, de 20,7 milhões para 20,1 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Esses números não surpreendem quem passa por essa situação de desemprego muito menos quem estuda o mundo do trabalho. Em todas as crises econômicas as mulheres são as primeiras a serem demitidas e as últimas a conseguirem uma recolocação no mercado de trabalho. E a saída para elas é fazer bicos para sustentar a si e a família. 

As mulheres eram maioria nos setores de educação (66,9%); alojamento e alimentação (55,7%) e outras atividades de serviços (52,9%),. O segmento com a maior queda de assalariados foi alojamento e alimentação: -19,4% (ou menos 373,2 mil).

 

Outros dados da pesquisa do IBGE

– De 2019 para 2020, o número total de trabalhadores assalariados em empresas e outras organizações ativas caiu de 46,2 milhões para 45,4 milhões, (1,8% a menos).

– A participação feminina entre os assalariados das empresas formais do país caiu de 44,8% para 44,3%, em 2020. É a menor porcentagem desde 2016.

– Entre os homens, a redução de empregos foi menor, de 0,9%. O número de assalariados recuou de 25,5 milhões para 25,3 milhões. Isso significa que os homens perderam 231,7 mil postos, o equivalente a 28,1% de todas as vagas encerradas à época.