TRABALHADORES NA COTEMINAS JUNTOS COM O SINDICATO DOS TRABALHADORES TÊXTEIS DE BLUMENAU E REGIÃO/SC E A INTERSINDICAL REALIZARAM PROTESTO NA CIDADE DE SÃO PAULO PARA DENUNCIAR O CALOTE DE JOSUÉ GOMES DONO DA EMPRESA E PRESIDENTE DA FIESP
A luta é pelo pagamento dos salários, FGTS, rescisões trabalhistas, por respeito aos direitos.
Na manhã de terça feira, dia 06 de fevereiro, trabalhadores na Coteminas de Blumenau ativos e demitidos chegaram à cidade de São Paulo em caravana organizada pelo SINTRAFITE- Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenaue região/SC e pela a Intersindical para realizar manifestação em frente à FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) denunciando o ataque aos seus empregos, salários e direitos.
A Coteminas uma das maiores indústrias do setor têxtil demitiu mais de mil trabalhadores no ano de 2023 em suas fábricas em Blumenau, Minas Gerais e também no nordeste do país.
Além das demissões, o pagamento das rescisões foi parcelado e estão em atraso, quem ainda está empregado está com os salários atrasados e o FGTS não está sendo pago de forma regular, a dívida em relação ao Fundo de Garantia já supera R$4 milhões.
Assim que a manifestação começou, Josué Gomes enviou seus assessores para tentar frear o protesto chamando para uma reunião na sede administrativa da empresa, mas não conseguiu, pois continuamos o protesto onde ele devia acontecer para denunciar os ataques patronais contra os trabalhadores.
Durante a reunião o SINTRAFITE junto a Intersindical registrou a Josué Gomes que suas justificativas para o não pagamento dos trabalhadores não se justificam:
O dono da Coteminas teve que vir até a FIESP e receber o documento em que o SINTRAFITE exige o que é DEVIDO aos trabalhadores e comprova que não há nenhuma crise na empresa e sim ampliação de seus negócios às custas de mais desrespeito aos direitos daqueles que produzem os lucros da empresa.
As demandas judiciais da empresa, sua política de gerenciamento, a expansão de seus negócios só demonstram que a Coteminas através seu dono e hoje presidente da FIESP desrespeita o contrato de trabalho dos trabalhadores que não vieram a São Paulo pedir nada, mas sim EXIGIR que seus direitos sejam respeitados.
Na reunião o SINTRAFITE protocolou documento exigindo o pagamento imediato da dívida da Coteminas com os ativos e demitidos e reafirmamos que as manifestações irão continuar até a grave situação que aflige milhares de trabalhadores seja resolvida.
O ato em frente a FIESP organizado pelo SINTRAFITE e pela Intersindical que contou com a participação de várias entidades que fazem parte da Organização, como os Sindicatos dos Metalúrgicos de Limeira e região/SP, Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista/SP, Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo, Oposição dos Metalúrgicos de Campinas e região, SINSPREV/SP entre outras também marca a luta da classe trabalhadora contra as reformas trabalhista e da Previdência gestadas pelas representações patronais, como a FIESP que tanto mal fizeram a classe trabalhadora.
O ato também foi um registro de exigência ao governo federal para que revogue essas reformas tão nefastas à classe trabalhadora ao invés de manter sua subserviência aos interesses patronais que quanto mais requerem isenções fiscais, desoneração da folha de pagamento, mais atacam os empregos, salários e direitos dos trabalhadores.
Os trabalhadores na Coteminas ativos e demitidos retornaram à Blumenau na tarde de hoje certos de que não estão sozinhos, sua luta é luta do conjunto da classe trabalhadora por melhores condições de vida e trabalho.