História

A história da organização dos trabalhadores e trabalhadoras têxteis da região do médio Vale do Itajaí iniciou com a criação da Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem, em 1941. Em 3 de maio daquele ano surgiu a primeira diretoria provisória da associação profissional. Porém foi em 8 de março de 1948, de acordo com as determinações estabelecidas pelo decreto Nº 1408, que o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio conferiu à associação profissional a categoria de sindicato, passando a entidade a denominar-se Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau.

Primeira sede própria do sindicato, construída em 1957.

A primeira sede própria do sindicato foi construída em 1957. O prédio em que o Sintrafite se encontra hoje, localizado na rua Luiz de Freitas Melro, no centro da cidade, foi inaugurado em 1976. Além da sede central em Blumenau, o Sintrafite conta com as sub-sedes de Testo Salto e Vila Itoupava, também em Blumenau, e nas cidades de Gaspar e Indaial. Atualmente o Sintrafite tem 22 mil associados, tendo na base 30 mil trabalhadores das três cidades.

Trabalhadores/as têxteis são matéria em jornal local durante a grande greve de 1983.

A luta dos trabalhadores têxteis da região por melhores salários e condições de trabalho tece seu marco com a greve deflagrada em março de 1989. Na ocasião 35 mil trabalhadores têxteis paralisaram suas atividades nas grandes fábricas e foram para as ruas lutarem pela reposição salarial, de mais de 87%, perdida com o Plano Verão, e participarem da Greve Geral, organizada pela Central Única de Trabalhadores (CUT) e Central Geral dos Trabalhadores (CGT). O movimento ficou para a história da cidade, como uma luta corajosa da categoria contra a força do capital e da exploração do empresariado local.

Trabalhadoras da Teka realizam assembleia pela luta de direitos.

Aos longos dos anos, o Sintrafite, junto com as/os trabalhadoras/es, organizou muitas lutas dentro das fábricas pelo avanço em direitos e melhores condições de trabalho. Foi através da mobilização que conquistamos, por exemplo, os sábados e domingos livres em algumas fábricas, garantindo mais tempo de lazer e descanso para os/as trabalhadores/as. O direito ao acompanhamento de 40h aos filhos doentes de até 16 anos e o auxílio creche para crianças de até 5 anos também foram conquistas do Sindicato junto com as/os trabalhadoras/es.

Trabalhadoras/es realizam assembleia pela luta dos sábados e domingos livres na Hering.

Nos períodos mais recentes, estivemos ainda presentes nas diversas lutas em defesa da classe trabalhadora, desde os protestos contra a Reforma Trabalhista em 2017, e contra a Reforma da Previdência em 2019. Durante a pandemia do Coronavírus em 2020, exigimos prontamente a garantia de medidas que preservassem a vida e os empregos das/os trabalhadoras/es.

O Sindicato é o instrumento de luta da classe trabalhadora e somente com a união das/os trabalhadoras/es, é que avançamos na conquista de melhores condições de vida e trabalho.